sábado, 9 de outubro de 2010

Poeminha para refletir...

ilusões


suor e sangue
que escorrem do rosto da miserável
mais uma
vez no sertão

mas ela não chora mais

porque sabe que a feli
cidade cabe dentro
da bolsa

porque sabe que a copa
vem logo pro Brasil
assim como no tricampeonato

porque seu novo candidato ao
governo lhe prometeu
uma casa nova

''Meu Deus, eu não mereço tanta felicidade"

(Pedro Forti)


Ideias para entendimento (atendendo a pedidos) :
Tentei relacionar esse poema às políticas de auxílio do governo Lula, que maquiam a verdadeira realidade de sofrimento da faixa de população miserável, em especial a nordestina.
Ao colocar o miserável como feminino, destaco que o sofrimento não se limita apenas ao trabalhador braçal, e sim a todos que se encontram naquela situação
Usei-o também para criar o jogo ''miserável - mais uma'' , dando uma noção da quantidade de pessoas que se encontram na miséria
A partir daí, enumerei as maquilagens que proporcionam ao governo sua grande aceitação:
Bolsa Família - Uma mesada sem nenhum controle, tida como a tábua de salvação pelo governo e utilizada no convencimento da população de que o governo se empenha em melhorar a situação dos miseráveis, quando na verdade apenas quer ''comprar a felicidade'' ou ''as cidades'' (por isso da palavra separada ao meio)
Copa do Mundo - Usada para destacar a ideia de grandeza do país, criada pelo governo, atrelando ao mesmo processo desempenhado pela ditadura militar durante o governo Médici, onde o tricampeonato e a conquista da Taça Jules Rimet em definitivo para o Brasil em 1970 foram utilizados para o mesmo fim. A charge de Ziraldo ratifica a minha ideia:


E por fim, o jogo político notável nessas eleições onde o melhor candidato é aquele que promete benefícios aos mais carentes em troca de votos, muito embora esses benefícios dificilmente serão recebidos por eles.
A frase final sintetiza a ilusão dos mais pobres: Que são felizes, pois o governo assim proporcionou.
Ledo engano.


Fica a reflexão... Bom feriado de semana a todos!

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